Hoje vou falar-vos de mais uma actividade, o 1º Ciclo de Divulgação de Cursos do Ensino Superior.
Um dia antes do 25 de Abril, o Agrupamento de Escolas de Penacova recebeu os representantes dos cursos superiores da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra para que estes partilhassem algum do seu conhecimento e as suas experiências pessoais enquanto Estudantes do Ensino Superior.
Daniel Duarte, estudante de Administração Pública e Privada, Sérgio Ribeiro e Inês Tejo, de Direito, foram os escolhidos para a actividade. Membros activos dos seus Núcleos, mostraram a capacidade para manter presa a pequena audiência durante cerca de duas horas, discorrendo sobre os assuntos que verdadeiramente interessam aos possíveis candidatos.
Neste evento esteve também presente o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Penacova, João Azadinho, que fez as honras iniciais.
Esta é a parte que toda a gente pôde ver. Agora vou mostrar-vos o que está para lá da objectiva.
Esta não foi uma actividade típica com oradores e audiência cada um no seu lugar e discursos de abertura e de encerramento. Nunca foi isso que eu quis. Esta foi uma actividade com estudantes reais e não "mini-políticos". Falaram de estudo, dos professores, da História, mas também da Praxe, das noitadas e das "politiquisses". Alertaram para as mudanças radicais que esperam os futuros candidatos e aconselharam a escolha de um curso com os olhos postos no futuro e na entrada no mercado de trabalho.
Já anteriormente tinha mencionado que a ligação do projecto aos jovens é fulcral. Para já, esta é a minha bandeira. Acredito que existe uma densa barreira que separa a escola da vida lá fora. Socialmente existe uma grande diferença como se a vida escolar fosse um universo à parte. O meu objectivo com esta medida é quebrar essa barreira e puxar os jovens para fora dessa redoma, de forma a que sejam mais informados, mais activos e civicamente mais responsáveis.
Por isso é que esta medida é para continuar e faz parte de um programa maior e estruturado. A divulgação das opções do Ensino Superior é apenas um tímido início. Em breve espero poder apresentar uma sólida colaboração da escola com várias instituições do Ensino Superior e Profissional, bem como um contacto mais realista com o mercado de trabalho.
E isto, amigos, é como eu faço política.
quarta-feira, 29 de abril de 2015
terça-feira, 28 de abril de 2015
Uma Lição de Humildade
No passado dia 21 de Março realizou-se em Gondelim, a minha pitoresca e mui nobre aldeia, a segunda edição do Festival das Sopas, actividade do Centro Desportivo de Gondelim que teve início no ano passado e já movimenta cerca de 250 pessoas.
Estes números chegaram para me convencer de que esta era a oportunidade ideal para divulgar o meu projecto. Assim, aproveitando a boa relação que tenho com a direcção e tendo fé no "factor casa", preparei-me para apresentar uma actividade que desse seguimento à recolha solidária que iniciei no mês de Dezembro.
Vale a pena mencionar o sucesso que foi a recolha solidária: foram recolhidos imensos sacos de roupa, a esmagadora maioria em perfeitas condições, alguns livros e objectos de decoração. Mas o melhor foi a aderência: houve interesse por parte da população em geral e fui várias vezes abordado para falar sobre o projecto e esclarecer se a recolha ainda estava a decorrer e o que pretendia fazer com os bens recolhidos.
Desde cedo a ideia de fazer uma venda solidária esteve na minha mente. Contando com a preciosa ajuda da Joana planifiquei e realizei a selecção das roupas e organizei com sucesso uma quermesse.
Chegado o dia do Festival tudo estava pronto: as roupas organizadas de forma metódica, a quermesse modesta, mas briosa.
Só que, por vezes, as coisas simplesmente não correm como planeado.
A actividade não teve a recepção que eu antecipava. Foi com algum desencanto que vi que as roupas, que tanto trabalho deram, não levantaram o interesse dos visitantes do Festival das Sopas e mesmo a quermesse não teve a audiência que seria de esperar.
Admito que essa noite não foi fácil.
Mas a vida não pára e logo na manhã seguinte voltei ao trabalho. Estava na altura de fazer um ponto de situação e decidir o próximo passo. Primeiro foi preciso fazer contas, que aproveito para apresentar publicamente.
Felizmente as horas de trabalho investidas no projecto foram voluntárias...
Onze euros (11€) foi o montante que despendi com artigos para acrescentar à quermesse, tendo as receitas alcançado o montante de trinta e seis euros e meio (36,5€), todo ele referente a ganhos com a quermesse. Anteriormente tinha idealizado distribuir os lucros pelo meu projecto, pelo CDG e pela Mordomia de Nossa Senhora da Moita (as Mordomas Carolina e Rute ajudaram na realização da actividade), no entanto, e tendo em conta os baixos montantes envolvidos, resolvi repartir de forma igual as receitas, cabendo assim cerca de doze euros (12€) a cada parte. Como o valor continua a ser baixo resolvi doar o restante recheio da quermesse aos meus parceiros. Considero que este último ponto foi fulcral visto que a Mordomia estava a organizar a sua própria quermesse para apresentar durante as festividades religiosas anuais, para a qual os mais de cem prémios oferecidos com certeza deram jeito, enquanto que o CDG recebeu cinco garrafas de vinho tinto que certamente serão úteis para eventos futuros.
Posto isto, não classifico a actividade como um fracasso total. No final de contas, o propósito maior foi servido: dei a conhecer o meu projecto e servi a população com base nos meus ideais de sustentabilidade e reutilização de materiais. Igualmente importante foi não ter apresentado prejuízo.
Por outro lado, a questão das roupas foi um tiro ao lado.
E porquê?
Bem, isso fica para outro post, que este já vai longo.
Até já!
Estes números chegaram para me convencer de que esta era a oportunidade ideal para divulgar o meu projecto. Assim, aproveitando a boa relação que tenho com a direcção e tendo fé no "factor casa", preparei-me para apresentar uma actividade que desse seguimento à recolha solidária que iniciei no mês de Dezembro.
Vale a pena mencionar o sucesso que foi a recolha solidária: foram recolhidos imensos sacos de roupa, a esmagadora maioria em perfeitas condições, alguns livros e objectos de decoração. Mas o melhor foi a aderência: houve interesse por parte da população em geral e fui várias vezes abordado para falar sobre o projecto e esclarecer se a recolha ainda estava a decorrer e o que pretendia fazer com os bens recolhidos.
Desde cedo a ideia de fazer uma venda solidária esteve na minha mente. Contando com a preciosa ajuda da Joana planifiquei e realizei a selecção das roupas e organizei com sucesso uma quermesse.
Chegado o dia do Festival tudo estava pronto: as roupas organizadas de forma metódica, a quermesse modesta, mas briosa.
Só que, por vezes, as coisas simplesmente não correm como planeado.
A actividade não teve a recepção que eu antecipava. Foi com algum desencanto que vi que as roupas, que tanto trabalho deram, não levantaram o interesse dos visitantes do Festival das Sopas e mesmo a quermesse não teve a audiência que seria de esperar.
Admito que essa noite não foi fácil.
Mas a vida não pára e logo na manhã seguinte voltei ao trabalho. Estava na altura de fazer um ponto de situação e decidir o próximo passo. Primeiro foi preciso fazer contas, que aproveito para apresentar publicamente.
Felizmente as horas de trabalho investidas no projecto foram voluntárias...
Onze euros (11€) foi o montante que despendi com artigos para acrescentar à quermesse, tendo as receitas alcançado o montante de trinta e seis euros e meio (36,5€), todo ele referente a ganhos com a quermesse. Anteriormente tinha idealizado distribuir os lucros pelo meu projecto, pelo CDG e pela Mordomia de Nossa Senhora da Moita (as Mordomas Carolina e Rute ajudaram na realização da actividade), no entanto, e tendo em conta os baixos montantes envolvidos, resolvi repartir de forma igual as receitas, cabendo assim cerca de doze euros (12€) a cada parte. Como o valor continua a ser baixo resolvi doar o restante recheio da quermesse aos meus parceiros. Considero que este último ponto foi fulcral visto que a Mordomia estava a organizar a sua própria quermesse para apresentar durante as festividades religiosas anuais, para a qual os mais de cem prémios oferecidos com certeza deram jeito, enquanto que o CDG recebeu cinco garrafas de vinho tinto que certamente serão úteis para eventos futuros.
Posto isto, não classifico a actividade como um fracasso total. No final de contas, o propósito maior foi servido: dei a conhecer o meu projecto e servi a população com base nos meus ideais de sustentabilidade e reutilização de materiais. Igualmente importante foi não ter apresentado prejuízo.
Por outro lado, a questão das roupas foi um tiro ao lado.
E porquê?
Bem, isso fica para outro post, que este já vai longo.
Até já!
segunda-feira, 27 de abril de 2015
Preâmbulo - Pedras no Caminho
Olá a todos!
Apesar de não escrever já há algum tempo, isso não significa que tenha desistido ou esteja inactivo, bem pelo contrário. Os últimos meses foram de planeamento e trabalho intenso, muitas vezes só ou apenas com a ajuda preciosa da mulher da minha vida.
Assim, em breve publicarei dois textos em que vos falarei sobre a Venda Solidária e do 1º Ciclo de Divulgação de Cursos do Ensino Superior.
Até Já!
Apesar de não escrever já há algum tempo, isso não significa que tenha desistido ou esteja inactivo, bem pelo contrário. Os últimos meses foram de planeamento e trabalho intenso, muitas vezes só ou apenas com a ajuda preciosa da mulher da minha vida.
Assim, em breve publicarei dois textos em que vos falarei sobre a Venda Solidária e do 1º Ciclo de Divulgação de Cursos do Ensino Superior.
Até Já!
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
O Projecto e os seus parceiros - continuação
Olá a todos!
Já estou há algum tempo sem escrever e está na hora de fazer uma actualização.
Quero começar por vos dar um ponto de situação da recolha de bens que efectuei durante o mês de Dezembro.
Pensei esta actividade ao perceber que tinha demasiada roupa em casa. Ela ia-se amontoando pelos cantos, causando dores de cabeça à minha mãe e ocupando espaço. A esmagadora maioria está em perfeitas condições, mas não é utilizada por várias razões. A solução mais óbvia seria doá-la a família e amigos, mas, pela experiência que tenho, as casas para onde costumamos doar têm quase sempre o mesmo problema que nós.
Existem também vários projectos e instituições que recolhem roupas, mas a verdade é que começa a existir alguma resistência por parte das pessoas. Muitas queixam-se de dar roupa para fins sociais e mais tarde encontrá-la à venda na feira...
Assim, resolvi efectuar eu mesmo uma recolha, deixando claro desde o início o objectivo. Creio que esta é uma forma inteligente de redistribuição dos recursos em que todas as partes saem a ganhar.
Já estou há algum tempo sem escrever e está na hora de fazer uma actualização.
Quero começar por vos dar um ponto de situação da recolha de bens que efectuei durante o mês de Dezembro.
Pensei esta actividade ao perceber que tinha demasiada roupa em casa. Ela ia-se amontoando pelos cantos, causando dores de cabeça à minha mãe e ocupando espaço. A esmagadora maioria está em perfeitas condições, mas não é utilizada por várias razões. A solução mais óbvia seria doá-la a família e amigos, mas, pela experiência que tenho, as casas para onde costumamos doar têm quase sempre o mesmo problema que nós.
Existem também vários projectos e instituições que recolhem roupas, mas a verdade é que começa a existir alguma resistência por parte das pessoas. Muitas queixam-se de dar roupa para fins sociais e mais tarde encontrá-la à venda na feira...
Assim, resolvi efectuar eu mesmo uma recolha, deixando claro desde o início o objectivo. Creio que esta é uma forma inteligente de redistribuição dos recursos em que todas as partes saem a ganhar.
Estas imagens atestam a quantidade de roupas e outros bens que foram por mim recolhidos ou que me foram entregues por todos aqueles que quiseram participar. Há roupas para todos os gostos e estilos, bem como alguns artigos incomuns.
Como podem ver, o local está transformado numa autêntica linha de produção onde escolho e separo as roupas e restantes artigos conforme o seu destino. Aproveito a oportunidade para agradecer à Direcção do Centro Desportivo de Gondelim por me disponibilizar o espaço para armazenar todos os artigos.
Como? Vou manter isso em suspense durante mais algum tempo, mas creio que a solução vai ser muito agradável
Por fim, os artigos vendáveis que não forem escoados serão doados a instituições que lhes possam dar uso.
Os lucros serão distribuídos igualmente entre o meu projecto e o Centro Desportivo de Gondelim.
Virando a página, gostaria de vos actualizar relativamente à minha participação no concurso "Acredita Portugal"
Foi com agrado que vi todas as ideias que propus passar pelo primeiro crivo. A segunda fase implica a utilização de uma ferramenta online para aprofundar um pouco mais os temas.
Em conjunto com a mulher da minha vida apresentámos 7 ideias e estamos neste momento na expectativa de passar à próxima fase.
Por último, vale a pena mencionar que a minha colaboração com o Agrupamento de Escolas de Penacova está de momento em stand by. Um conjunto de factores têm impedido o desenrolar dos eventos no espaço temporal a que me propus, mas espero que isso mude em breve.
O processo até aqui não tem sido fácil, cada pequeno passo ocupa bastante tempo, mas a verdade é que tenho aprendido muito nos últimos tempos e creio estar no bom caminho :)
Até já!*
quarta-feira, 14 de janeiro de 2015
Turismo e Artesanato. A lengalenga de sempre?
Como prometido, hoje falo-vos do Turismo e Artesanato.
Componentes base das economias locais, não são excepção no nosso município. Existem vários exemplos de sucesso em Penacova, sendo talvez o mais representativo a famosa Lampreia, pilar importantíssimo do turismo gastronómico.
Penacova tem imenso potencial do ponto de vista turístico, sem dúvida. No entanto não o aproveita convenientemente.
Este é um exemplo daquilo que Penacova tem para oferecer. Somos um dos concelhos com mais moinhos a nível nacional e a grande maioria deles encontra-se neste estado.
Creio que está na altura de alertar todo o município para esta realidade. Não é novidade, mas talvez seja a altura de assumirmos o assunto como prioritário. Estamos a ignorar e a perder património e possíveis fontes de riqueza.
Deixo-vos um desafio: façam-se turistas por um dia no município. Vejam o que há para ver. Agora ponham-se no lugar de um forasteiro, seja ele estrangeiro ou não e questionem-se: prefiro vir aqui ou ir para outro sítio?
Os moinhos são apenas um exemplo. Faz falta um plano estruturado para o turismo. Todos sabemos de imensos pontos de interesse mas infelizmente grande parte não está em condições de receber visitantes e mesmo os lugares de beleza natural que abundam no concelho são muitas vezes negligenciados.
O mesmo se aplica ao artesanato. Importante não só do ponto de vista comercial mas especialmente por ser uma demonstração da nossa identidade cultural, desespera por uma estratégia de desenvolvimento.
Assim, e dentro das minhas limitações, quero fazer algo acerca disto. Gostava de deixar desde já algumas propostas:
* Organização de uma actividade voluntária de limpeza do Moinho do Aviador;
* Sinalização e promoção dos locais com potencial turístico no município;
* Coordenação de esforços com outras entidades no sentido de desenvolver um plano para o turismo.
Gostaria de receber algum feedback da vossa parte. Partilhem comigo o vosso conhecimento, tirem fotos e publiquem locais de interesse a precisar de atenção, mas também aquilo de bom que existe.
Vamos melhorar Penacova!
Componentes base das economias locais, não são excepção no nosso município. Existem vários exemplos de sucesso em Penacova, sendo talvez o mais representativo a famosa Lampreia, pilar importantíssimo do turismo gastronómico.
Penacova tem imenso potencial do ponto de vista turístico, sem dúvida. No entanto não o aproveita convenientemente.
Portela de Oliveira, foto de Pedro MA Dinis. |
Este é um exemplo daquilo que Penacova tem para oferecer. Somos um dos concelhos com mais moinhos a nível nacional e a grande maioria deles encontra-se neste estado.
http://ohomemdastabernas.blogspot.pt/2011/08/pinturas-rupestres-no-moinho-do-aviador.html |
Creio que está na altura de alertar todo o município para esta realidade. Não é novidade, mas talvez seja a altura de assumirmos o assunto como prioritário. Estamos a ignorar e a perder património e possíveis fontes de riqueza.
Deixo-vos um desafio: façam-se turistas por um dia no município. Vejam o que há para ver. Agora ponham-se no lugar de um forasteiro, seja ele estrangeiro ou não e questionem-se: prefiro vir aqui ou ir para outro sítio?
Os moinhos são apenas um exemplo. Faz falta um plano estruturado para o turismo. Todos sabemos de imensos pontos de interesse mas infelizmente grande parte não está em condições de receber visitantes e mesmo os lugares de beleza natural que abundam no concelho são muitas vezes negligenciados.
O mesmo se aplica ao artesanato. Importante não só do ponto de vista comercial mas especialmente por ser uma demonstração da nossa identidade cultural, desespera por uma estratégia de desenvolvimento.
Assim, e dentro das minhas limitações, quero fazer algo acerca disto. Gostava de deixar desde já algumas propostas:
* Organização de uma actividade voluntária de limpeza do Moinho do Aviador;
* Sinalização e promoção dos locais com potencial turístico no município;
* Coordenação de esforços com outras entidades no sentido de desenvolver um plano para o turismo.
Gostaria de receber algum feedback da vossa parte. Partilhem comigo o vosso conhecimento, tirem fotos e publiquem locais de interesse a precisar de atenção, mas também aquilo de bom que existe.
Vamos melhorar Penacova!
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