quarta-feira, 29 de abril de 2015

De olhos no futuro

Hoje vou falar-vos de mais uma actividade, o 1º Ciclo de Divulgação de Cursos do Ensino Superior.

Um dia antes do 25 de Abril, o Agrupamento de Escolas de Penacova recebeu os representantes dos cursos superiores da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra para que estes partilhassem algum do seu conhecimento e as suas experiências pessoais enquanto Estudantes do Ensino Superior.

Daniel Duarte, estudante de Administração Pública e Privada, Sérgio Ribeiro e Inês Tejo, de Direito, foram os escolhidos para a actividade. Membros activos dos seus Núcleos, mostraram a capacidade para manter presa a pequena audiência durante cerca de duas horas, discorrendo sobre os assuntos que verdadeiramente interessam aos possíveis candidatos.





Neste evento esteve também presente o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Penacova, João Azadinho, que fez as honras iniciais.

Esta é a parte que toda a gente pôde ver. Agora vou mostrar-vos o que está para lá da objectiva.

Esta não foi uma actividade típica com oradores e audiência cada um no seu lugar e discursos de abertura e de encerramento. Nunca foi isso que eu quis. Esta foi uma actividade com estudantes reais e não "mini-políticos". Falaram de estudo, dos professores, da História, mas também da Praxe, das noitadas e das "politiquisses". Alertaram para as mudanças radicais que esperam os futuros candidatos e aconselharam a escolha de um curso com os olhos postos no futuro e na entrada no mercado de trabalho.

Já anteriormente tinha mencionado que a ligação do projecto aos jovens é fulcral. Para já, esta é a minha bandeira. Acredito que existe uma densa barreira que separa a escola da vida lá fora. Socialmente existe uma grande diferença como se a vida escolar fosse um universo à parte. O meu objectivo com esta medida é quebrar essa barreira e puxar os jovens para fora dessa redoma, de forma a que sejam mais informados, mais activos e civicamente mais responsáveis.

Por isso é que esta medida é para continuar e faz parte de um programa maior e estruturado. A divulgação das opções do Ensino Superior é apenas um tímido início. Em breve espero poder apresentar uma sólida colaboração da escola com várias instituições do Ensino Superior e Profissional, bem como um contacto mais realista com o mercado de trabalho.

E isto, amigos, é como eu faço política.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Uma Lição de Humildade

No passado dia 21 de Março realizou-se em Gondelim, a minha pitoresca e mui nobre aldeia, a segunda edição do Festival das Sopas, actividade do Centro Desportivo de Gondelim que teve início no ano passado e já movimenta cerca de 250 pessoas.

Estes números chegaram para me convencer de que esta era a oportunidade ideal para divulgar o meu projecto. Assim, aproveitando a boa relação que tenho com a direcção e tendo fé no "factor casa", preparei-me para apresentar uma actividade que desse seguimento à recolha solidária que iniciei no mês de Dezembro.

Vale a pena mencionar o sucesso que foi a recolha solidária: foram recolhidos imensos sacos de roupa, a esmagadora maioria em perfeitas condições, alguns livros e objectos de decoração. Mas o melhor foi a aderência: houve interesse por parte da população em geral e fui várias vezes abordado para falar sobre o projecto e esclarecer se a recolha ainda estava a decorrer e o que pretendia fazer com os bens recolhidos.

Desde cedo a ideia de fazer uma venda solidária esteve na minha mente. Contando com a preciosa ajuda da Joana planifiquei e realizei a selecção das roupas e organizei com sucesso uma quermesse.

Chegado o dia do Festival tudo estava pronto: as roupas organizadas de forma metódica, a quermesse modesta, mas briosa.





Só que, por vezes, as coisas simplesmente não correm como planeado.

A actividade não teve a recepção que eu antecipava. Foi com algum desencanto que vi que as roupas, que tanto trabalho deram, não levantaram o interesse dos visitantes do Festival das Sopas e mesmo a quermesse não teve a audiência que seria de esperar.

Admito que essa noite não foi fácil.

Mas a vida não pára e logo na manhã seguinte voltei ao trabalho. Estava na altura de fazer um ponto de situação e decidir o próximo passo. Primeiro foi preciso fazer contas, que aproveito para apresentar publicamente.

Felizmente as horas de trabalho investidas no projecto foram voluntárias...


Onze euros (11€) foi o montante que despendi com artigos para acrescentar à quermesse, tendo as receitas alcançado o montante de trinta e seis euros e meio (36,5€), todo ele referente a ganhos com a quermesse. Anteriormente tinha idealizado distribuir os lucros pelo meu projecto, pelo CDG e pela Mordomia de Nossa Senhora da Moita (as Mordomas Carolina e Rute ajudaram na realização da actividade), no entanto, e tendo em conta os baixos montantes envolvidos, resolvi repartir de forma igual as receitas, cabendo assim cerca de doze euros (12€) a cada parte. Como o valor continua a ser baixo resolvi doar o restante recheio da quermesse aos meus parceiros. Considero que este último ponto foi fulcral visto que a Mordomia estava a organizar a sua própria quermesse para apresentar durante as festividades religiosas anuais, para a qual os mais de cem prémios oferecidos com certeza deram jeito, enquanto que o CDG recebeu cinco garrafas de vinho tinto que certamente serão úteis para eventos futuros.

Posto isto, não classifico a actividade como um fracasso total. No final de contas, o propósito maior foi servido: dei a conhecer o meu projecto e servi a população com base nos meus ideais de sustentabilidade e reutilização de materiais. Igualmente importante foi não ter apresentado prejuízo.


Por outro lado, a questão das roupas foi um tiro ao lado.

E porquê?

Bem, isso fica para outro post, que este já vai longo.

Até já!

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Preâmbulo - Pedras no Caminho

Olá a todos!

Apesar de não escrever já há algum tempo, isso não significa que tenha desistido ou esteja inactivo, bem pelo contrário. Os últimos meses foram de planeamento e trabalho intenso, muitas vezes só ou apenas com a ajuda preciosa da mulher da minha vida.

Assim, em breve publicarei dois textos em que vos falarei sobre a Venda Solidária e do 1º Ciclo de Divulgação de Cursos do Ensino Superior.

Até Já!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

O Projecto e os seus parceiros - continuação

Olá a todos!

Já estou há algum tempo sem escrever e está na hora de fazer uma actualização.

Quero começar por vos dar um ponto de situação da recolha de bens que efectuei durante o mês de Dezembro.

Pensei esta actividade ao perceber que tinha demasiada roupa em casa. Ela ia-se amontoando pelos cantos, causando dores de cabeça à minha mãe e ocupando espaço. A esmagadora maioria está em perfeitas condições, mas não é utilizada por várias razões. A solução mais óbvia seria doá-la a família e amigos, mas, pela experiência que tenho, as casas para onde costumamos doar têm quase sempre o mesmo problema que nós.

Existem também vários projectos e instituições que recolhem roupas, mas a verdade é que começa a existir alguma resistência por parte das pessoas. Muitas queixam-se de dar roupa para fins sociais e mais tarde encontrá-la à venda na feira...

Assim, resolvi efectuar eu mesmo uma recolha, deixando claro desde o início o objectivo. Creio que esta é uma forma inteligente de redistribuição dos recursos em que todas as partes saem a ganhar.


Estas imagens atestam a quantidade de roupas e outros bens que foram por mim recolhidos ou que me foram entregues por todos aqueles que quiseram participar. Há roupas para todos os gostos e estilos, bem como alguns artigos incomuns.

Como podem ver, o local está transformado numa autêntica linha de produção onde escolho e separo as roupas e restantes artigos conforme o seu destino. Aproveito a oportunidade para agradecer à Direcção do Centro Desportivo de Gondelim por me disponibilizar o espaço para armazenar todos os artigos.





Relembro que o material será posteriormente utilizado para vários fins. Os artigos que estiverem em melhores condições serão utilizados numa venda solidária e quermesse. Os restantes terão como destino a sua transformação e reutilização.

Como? Vou manter isso em suspense durante mais algum tempo, mas creio que a solução vai ser muito agradável

Por fim, os artigos vendáveis que não forem escoados serão doados a instituições que lhes possam dar uso.

Os lucros serão distribuídos igualmente entre o meu projecto e o Centro Desportivo de Gondelim.


Virando a página, gostaria de vos actualizar relativamente à minha participação no concurso "Acredita Portugal"



Foi com agrado que vi todas as ideias que propus passar pelo primeiro crivo. A segunda fase implica a utilização de uma ferramenta online para aprofundar um pouco mais os temas.

Em conjunto com a mulher da minha vida apresentámos 7 ideias e estamos neste momento na expectativa de passar à próxima fase.

Por último, vale a pena mencionar que a minha colaboração com o Agrupamento de Escolas de Penacova está de momento em stand by. Um conjunto de factores têm impedido o desenrolar dos eventos no espaço temporal a que me propus, mas espero que isso mude em breve.




O processo até aqui não tem sido fácil, cada pequeno passo ocupa bastante tempo, mas a verdade é que tenho aprendido muito nos últimos tempos e creio estar no bom caminho :)

Até já!*



quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Turismo e Artesanato. A lengalenga de sempre?

Como prometido, hoje falo-vos do Turismo e Artesanato.

Componentes base das economias locais, não são excepção no nosso município. Existem vários exemplos de sucesso em Penacova, sendo talvez o mais representativo a famosa Lampreia, pilar importantíssimo do turismo gastronómico.

Penacova tem imenso potencial do ponto de vista turístico, sem dúvida. No entanto não o aproveita convenientemente.
Portela de Oliveira, foto de Pedro MA Dinis.

Este é um exemplo daquilo que Penacova tem para oferecer. Somos um dos concelhos com mais moinhos a nível nacional e a grande maioria deles encontra-se neste estado.


http://ohomemdastabernas.blogspot.pt/2011/08/pinturas-rupestres-no-moinho-do-aviador.html

Creio que está na altura de alertar todo o município para esta realidade. Não é novidade, mas talvez seja a altura de assumirmos o assunto como prioritário. Estamos a ignorar e a perder património e possíveis fontes de riqueza.

Deixo-vos um desafio: façam-se turistas por um dia no município. Vejam o que há para ver. Agora ponham-se no lugar de um forasteiro, seja ele estrangeiro ou não e questionem-se: prefiro vir aqui ou ir para outro sítio?

Os moinhos são apenas um exemplo. Faz falta um plano estruturado para o turismo. Todos sabemos de imensos pontos de interesse mas infelizmente grande parte não está em condições de receber visitantes e mesmo os lugares de beleza natural que abundam no concelho são muitas vezes negligenciados.

O mesmo se aplica ao artesanato. Importante não só do ponto de vista comercial mas especialmente por ser uma demonstração da nossa identidade cultural, desespera por uma estratégia de desenvolvimento.

Assim, e dentro das minhas limitações, quero fazer algo acerca disto. Gostava de deixar desde já algumas propostas:

* Organização de uma actividade voluntária de limpeza do Moinho do Aviador;

* Sinalização e promoção dos locais com potencial turístico no município;

* Coordenação de esforços com outras entidades no sentido de desenvolver um plano para o turismo.


Gostaria de receber algum feedback da vossa parte. Partilhem comigo o vosso conhecimento, tirem fotos e publiquem locais de interesse a precisar de atenção, mas também aquilo de bom que existe.

Vamos melhorar Penacova!